Andropausa: como manter a vitalidade?

Andropausa: como manter a vitalidade?

Já ouviste falar do termo "andropausa"?

Trata-se de uma fase natural que começa a manifestar-se nos homens por volta dos 45 anos (às vezes mais tarde) e que acarreta a diminuição progressiva da produção de testosterona e outras hormonas. Queres saber mais? Contamos-te tudo aqui.

O que é a andropausa?

Seria tentador comparar a andropausa com a menopausa, um fenómeno bem conhecido entre as mulheres. No entanto, neste caso, nem todos os homens são afetados e os primeiros sintomas podem aparecer em alguns depois dos 70 anos. Mas, sobretudo, não se trata de uma menopausa masculina, uma vez que a andropausa não tem qualquer impacto sobre a fertilidade e as capacidades reprodutivas do homem.

A andropausa está ligada principalmente à produção de uma hormona: a testosterona. Esta hormona masculina secretada pelos testículos é fundamental para o correto funcionamento sexual (ereção, libido) e o desenvolvimento de determinadas características sexuais secundárias (massa muscular, crescimento do cabelo, tom de voz, etc.).

A partir dos 20 anos, a produção de testosterona começa a diminuir de forma natural nos homens (com uma diminuição da produção de 1 a 2% anual). Depois, por volta dos 45 anos (às vezes mais tarde), a produção desta hormona diminui de maneira mais significativa. Essencial para a estimulação e o controlo das características sexuais nos homens, quando a testosterona já não é secretada em quantidades suficientes é sinal de andropausa.

Quais são os sintomas da andropausa nos homens?

Existem vários tipos de sintomas que podem ser observados durante a andropausa e que te devem levar a consultar o teu médico:

  1. Perturbações sexuais que incluem problemas de ereção, como redução da duração e qualidade das ereções e um maior tempo de latência entre duas ereções. Também pode ser observada uma queda da libido.
  2. Perturbações vasomotoras com aparecimento de afrontamentos em homens e episódios de sudação excessiva (especialmente noturna). Estes sintomas podem provocar distúrbios do sono e, portanto, um cansaço mais ou menos intenso durante o dia.
  3. Perturbações neuropsicológicas, como perda de memória, problemas de atenção e concentração, fadiga, perda de motivação, certa irritabilidade com problemas de humor e inclusive depressão. Estes últimos costumam ser difíceis de relacionar com a andropausa, daí a necessidade de consultar o médico.

A que idade se pode produzir a andropausa e quanto tempo dura?

A andropausa pode começar aos 30, mas geralmente é mais comum entre os 45 e os 65 anos. A queda da testosterona é gradual e, ao contrário das mulheres, que são afetadas pela menopausa de forma generalizada, menos de 5% dos homens entre 40 e 80 anos experimenta episódios de andropausa.

Como diagnosticar e tratar a falta de testosterona?

O médico de clínica geral pode encaminhar-te para um especialista, além de solicitar um exame clínico para procurar:

  • Uma diminuição da massa muscular e da força física.
  • Diminuição da densidade óssea, fragilidade óssea, osteoporose.
  • Um aumento no tamanho da cintura e possivelmente um aumento de peso chamado ginoide, cuja gordura se encontra à volta das nádegas, coxas e ancas.
  • Ginecomastia que corresponde ao desenvolvimento das glândulas mamárias.
  • Uma redução do crescimento do pelo, uma alteração na cor da pele (que se torna mais fina e clara) ou inclusive uma alteração no tom de voz.
  • Finalmente, o diagnóstico definitivo é realizado mediante uma análise de sangue do nível de testosterona total.

Relativamente ao tratamento, o objetivo é reduzir ou inclusive fazer desaparecer os sintomas, e para isso os tratamentos para a disfunção erétil por si só não são suficientes. Pode ser oferecido um tratamento de reposição hormonal baseado numa avaliação médica bastante exaustiva realizada por um médico especialista. Neste caso, se o paciente cumprir os diversos critérios para a implementação do tratamento com testosterona, pode ser-lhe administrada testosterona natural de diferentes formas:

  • Via transdérmica: aplicação de um adesivo de testosterona que proporciona concentrações estáveis da hormona ao longo do tempo.
  • Via oral: com a ingestão diária de comprimidos que devem ser tomados com um conteúdo lipídico preciso com as refeições.
  • Injeções subcutâneas ou intramusculares: costumam ser realizadas 1 a 2 vezes por mês.

No entanto, é preciso ter cuidado com o acompanhamento do tratamento, fundamental para comprovar a eficácia da medicação e garantir que a testosterona não é a causa de nenhum efeito secundário: acne, sensibilidade mamária, retenção de líquidos, hiperplasia, cancro da próstata benigno, cancro da próstata, ressonar, apneia do sono e monitorização cardiovascular.

Por último, um estilo de vida saudável é fundamental para o sucesso do tratamento, incluindo algumas regras simples:

  • Ter uma dieta saudável e equilibrada.
  • Praticar atividade física de forma regular.
  • Reduzir ou suspender o consumo de álcool e tabaco.
  • Controlar o stress.

Artigo traduzido e adaptado por Célia Núñez Gil, redigido originalmente por Marie Hot.