Tens dúvidas sobre o colagénio? A nossa especialista responde a todas as tuas dúvidas.

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Revisto por Mar Santamaria Sala

Tens dúvidas sobre o colagénio? A nossa especialista responde a todas as tuas dúvidas.

Nos últimos anos, o colagénio tem sido um dos temas da moda

Possui benefícios, mas também gera muitas dúvidas. Então, quem melhor que a nossa farmacêutica Mar Santamaria para responder às inquietações dos nossos utilizadores.

O que é o colagénio e para que serve?

O colagénio é a proteína mais abundante do corpo. É responsável por fornecer firmeza e elasticidade a músculos, ligamentos, pele, ossos e cartilagens. A ingestão de colagénio provém principalmente da dieta e pode ser reforçada com suplementos alimentares em diversas situações.

Hidrolisado ou não hidrolisado: que diferença há?

A única diferença entre ambos é que o colagénio hidrolisado está "pré-digerido": ou seja, o colagénio é uma proteína complexa e é "quebrada" em pedaços mais pequenos através de reações enzimáticas. Ao obter estes péptidos ou conjuntos de aminoácidos mais leves, favorece-se a sua absorção e é melhor aproveitado pelo organismo. Pelo contrário, o colagénio não hidrolisado não tem este processamento que aumenta a sua biodisponibilidade. Portanto, se tivermos de escolher, é melhor tomar um suplemento de colagénio hidrolisado, sempre seguindo as doses recomendadas e com base numa dieta equilibrada para não faltar nenhum outro nutriente.

Mar explica-nos que existem diferentes tipos de colagénio (também ao nível da suplementação). "O mais interessante é o de tipo II, o que abunda nas articulações. Os estudos indicam que uma dose de 10 g por dia de suplementação traz um benefício na disponibilidade de aminoácidos para fabricar o nosso próprio colagénio onde é necessário", afirma.

O ideal, segundo a farmacêutica, é consumir esta proteína (que tem nada mais nada menos que 20 aminoácidos) através dos alimentos da nossa dieta habitual. Assim, as carnes em geral são a fonte animal mais comum, e o marisco também é uma boa fonte de colagénio de origem marinha.

"As tripas, os pés de porco e todos os cefalópodes como o polvo, a sépia... são muito ricos nesta proteína. Mas o seu consumo diminuiu claramente entre a população", indica. Por isso, quando a nossa ingestão não é suficiente, ou estamos perante situações que requerem um aporte adicional, como a prática desportiva de impacto ou em contexto de idade avançada e degeneração articular, podemos considerar o uso de um suplemento.

Formatos de suplementos de colagénio

Existem várias marcas de complementos alimentares à base de colagénio que a farmacêutica nos recomenda:

  1. Em formato líquido: Epaplus Colagénio + Ác. Hialurónico + Magnésio sabor limão. Como a denominação indica, além de colagénio, leva ácido hialurónico e algo de magnésio para ajudar na síntese do colagénio endógeno. Toma-se um copo doseador (40 ml) a cada dia. É necessário ter uma dieta equilibrada e variada como base da suplementação.
  2. Em formato pó: AMLsport Colagénio Com Magnésio + VIT C+B1 B2 B6 Pó Morango, é um complemento alimentar muito completo com vitaminas (a vitamina C é importantíssima para uma correcta síntese de colagénio no próprio corpo) e que ajuda a manter estas estruturas articulares.
  3. Em cápsulas: Solgar Ácido Hialurónico Complex com Colagénio, um complemento alimentar que, pelo seu aporte em colagénio e ácido hialurónico, ajuda a manter a estrutura da pele para lhe proporcionar uma aparência suave e flexível.

Consumo de colagénio em diferentes situações

  1. Colagénio hidrolisado e problemas hepáticos: É preciso ter precaução e pedir aconselhamento a um profissional de saúde. Embora se trate de um complemento alimentar à base de colagénio, não deixa de ser uma fonte adicional de proteínas na nossa dieta. Estaria contraindicado se houver função hepática comprometida, mas dependerá do critério médico.
  2. Colagénio e pedras nos rins: Os complementos à base de colagénio têm um alto conteúdo proteico. É preciso ter cuidado em caso de insuficiência renal, porque o aporte dietético de proteínas costuma estar restrito segundo o grau. Em caso de litíase (pedras), não há contraindicação explícita (embora se recomende não tomar um excesso de proteína através da dieta).
  3. Colagénio e insuficiência renal: A suplementação com colagénio não seria adequada em caso de insuficiência renal num estádio avançado. Em caso de doença crónica evoluída, não deveríamos suplementar-nos com nenhum nutriente sem consulta profissional.
  4. Colagénio + magnésio e hipertensão: Se tomares colagénio com magnésio segundo as doses diárias recomendadas, não deverá haver problema (o magnésio costuma estar presente em quantidades pequenas). O essencial é cuidar bem da dieta e tentar manter uma disciplina de atividade física.
  5. Colagénio e ácido úrico: Se há tendência para ter o ácido úrico elevado, o colagénio constitui um aporte extra de proteína à dieta. Portanto, se este aporte proteico tem de estar restrito devido à hiperuricemia (ácido úrico elevado), não seria o produto apropriado para te suplementares.