Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Dafalgan.
- se tiver uma reação cutânea do tipo alérgico ou uma situação anafilática que podem ocorrer
com o paracetamol, apesar deste ser relativamente atóxico.
- se tiver insuficiência cardíaca, respiratória, hepática, renal ou anemia; nestas situações a
administração deve ser feita sob vigilância e apenas sob curtos períodos.
- se tiver défice de glucose-6-fosfato desidrogenase.
- se sofrer de anorexia, bulimia, caquexia, malnutrição crónica ou jejum.
- se sofrer de desidratação ou hipovolémia.
- se sofrer de alcoolismo.
- quando for utilizado em caso de regime dietético sem sódio ou com redução de sódio.
- quando tomar outros medicamentos concomitantemente; deve verificar que não contêm
paracetamol para evitar o risco de sobredosagem. Se ocorrer sobredosagem procurar
imediatamente o médico (ver "Se tomar mais Dafalgan do que deveria");
- se tem síndrome de Gilbert (doença metabólica hereditária rara).
Não é recomendado o consumo de álcool durante o tratamento.
Durante o tratamento com Dafalgan, informe imediatamente o seu médico se:
- sofre de doenças graves, incluindo insuficiência renal grave ou sépsis (quando as bactérias e as
suas toxinas circulam no sangue causando lesões nos órgãos), ou se sofre de malnutrição,
alcoolismo crónico ou se também estiver a tomar flucloxacilina (um antibiótico). Foi notificada
uma doença grave chamada acidose metabólica (uma anomalia no sangue e nos fluidos) em
doentes nestas situações quando o paracetamol é utilizado em doses regulares durante um
período prolongado ou quando o paracetamol é tomado em conjunto com a flucloxacilina. Os
sintomas de acidose metabólica podem incluir: dificuldades respiratórias graves, com respiração
rápida e profunda, sonolência, náuseas e vómitos.
Este medicamento não deve ser utilizado para a automedicação da dor, durante mais de 7 dias
nos adultos ou mais de 5 dias em crianças, exceto se prescrito pelo médico, pois uma dor
intensa e prolongada pode requerer avaliação e tratamento médico.
O uso prolongado de analgésicos (>3 meses) em doentes com cefaleia crónica, com
administração a cada dois dias ou com uma frequência maior, pode desenvolver cefaleias ou
piorar as existentes. As cefaleias induzidas pelo uso excessivo de analgésicos (MOH -
Medication Overuse Headache) não devem ser tratadas com doses aumentadas do
medicamento. Nestes casos, o uso de analgésicos deve ser descontinuado em consulta com o
médico.
Este medicamento também não deve ser usado para automedicação da febre elevada (superior a
39ºC), febre de duração superior a 3 dias ou febre recorrente, exceto se prescrito pelo médico,
pois estas situações podem requerer avaliação e tratamento médico.
Probenecide: causa uma redução de quase 2 vezes na depuração do paracetamol. Deve ser
considerada a redução da dose do paracetamol quando estiver a ser feito tratamento
concomitante com probenecide.
Colestiramina: reduz a absorção do paracetamol. Assim e para que se observe o efeito
analgésico máximo, deve registar-se um intervalo de 1 hora entre a toma dos dois
medicamentos.
Metoclopramida e domperidona: aumentam a absorção do paracetamol. Contudo não é
necessário evitar-se a utilização concomitante.
Anticoagulantes orais: o paracetamol pode aumentar os efeitos dos anticoagulantes orais.
Potenciação dos efeitos da varfarina com a toma continuada de doses elevadas de paracetamol.
Neste caso, os valores de INR devem ser mais controlados durante a utilização concomitante,
bem como durante uma semana depois da interrupção do tratamento com paracetamol.
Cloranfenicol: o paracetamol aumenta as concentrações plasmáticas de cloranfenicol.
AZT: a toma concomitante de paracetamol e AZT pode aumentar a incidência ou agravar a
neutropenia.
Anti-epilépticos: a associação de paracetamol e medicamentos anti-epilépticos pode provocar
ou agravar a lesão hepática.
Rifampicina: a associação de paracetamol e rifampicina pode provocar ou agravar a lesão
hepática.
Não associar a outros medicamentos contendo paracetamol, salicilatos ou outros antiinflamatórios não esteroides. Salicilamida: pode prolongar o tempo de semivida (t1/2) de
eliminação do paracetamol.
Deve ter-se em atenção o uso concomitante de substâncias indutoras das enzimas hepáticas, tais
como barbitúricos, isoniazida, carbamazepina ou etanol, uma vez que estas poderão potenciar o
efeito tóxico do paracetamol.
Em situações de alcoolismo crónico a toma de paracetamol pode provocar ou agravar a lesão
hepática.
Flucloxacilina (antibiótico): devido a um risco grave de anomalia do sangue e dos fluidos
(chamada acidose metabólica) que deve ter tratamento urgente (ver secção 2).
Interação com testes laboratoriais
A administração de paracetamol pode falsear o doseamento sanguíneo do ácido úrico pelo
método do ácido fosfotúngstico, e a determinação da glicemia pelo método da glucose oxidaseperoxidase.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Dafalgan não interfere com a capacidade de condução ou utilização de máquinas. No entanto,
deve ter-se em consideração que durante o tratamento com paracetamol podem ser observados
como efeitos indesejáveis sonolência ligeira e vertigens
Dafalgan contém sorbitol
O sorbitol é uma fonte de frutose. Se o seu médico lhe disse que tem (ou o seu filho tem) uma
intolerância a alguns açúcares ou se foi diagnosticado com intolerância hereditária à frutose
(IHF), uma doença genética rara em que a pessoa não consegue digerir a frutose, fale com o seu
médico antes de você (ou o seu filho) tomar ou receber este medicamento.
Este medicamento contém 300 mg de sorbitol (E 420) em cada comprimido efervescente.
Dafalgan contém sódio.
Este medicamento contém 412 mg de sódio (principal componente de sal de cozinha/sal de
mesa) em cada comprimido efervescente. Isto é equivalente a 20% da ingestão diária máxima
de sódio recomendada na dieta para um adulto.
Dafalgan contém benzoato de sódio.
Este medicamento contém 61 mg de sal de benzoato em cada comprimido.